Quando
recebemos um aviso de recomendação de competências do Linkedin©, ficamos
ansiosos para descobrir o que aquela pessoa enxerga de talento ou qualidade em
nosso trabalho. Com relação às recomendações, geralmente somos pródigos ou
avaros, dificilmente temos o correto discernimento da ferramenta e de sua
função, que é endossar a competência divulgada no perfil profissional de nosso
contato.
Primeiro
quero conceituar avareza e prodigalidade. Segundo o dicionário online Priberam©,
avareza é: “apego sórdido ao dinheiro para o acumular,
falta de generosidade”
E a definição de prodigalidade é: “qualidade de pródigo, gastos excessivos e desnecessários,
esbanjamentos, desperdício, profusão, generosidade, liberalidade”.
Nos dois casos a relação com a generosidade é extrema, ou ausência ou excesso. Nosso
artigo não é sobre português, mas a definição destas palavras é muito
importante para entendermos o contexto.
Fiz questão de enfatizar a palavra generosidade, que é a qualidade de
ser generoso, pois conceder uma recomendação a um contato é uma atitude nobre. Até
que ponto somos realmente generosos com nossos contatos, quando recomendamos
uma competência? É uma questão ética e política muito séria e complexa, pois
muitas vezes nos manuais de utilização do Linkedin© os usuários são orientados
a recomendar competência como forma de manter os contatos e ganhar
visibilidade.
E o que tudo isso tem haver com avareza e prodigalidade? Tudo! Muitos
são avaros em suas recomendações, recomendando, por exemplo, o domínio do
pacote Office em detrimento a uma habilidade de liderança, que daria mais
destaque ao perfil do contato. Observo muito isso entre pares que almejam
crescimento dentro da mesma organização, sendo econômicos em suas recomendações
neutralizam um possível sinal de reconhecimento de liderança.
Outra situação é a ausência de recomendações entre pares, ou pessoas que
já tiveram relação líder-liderado, o que demonstra o lado político destas, o
que significa nas entrelinhas que reconheço suas capacidades ao conversar com
você, mas sou incapaz de assumir isso nas redes sociais. Essa situação é bem
típica nos meios corporativos, semelhante a elogiar em particular e corrigir em
público.
A prodigalidade também é maléfica, pois para quem analisa o perfil do
contato percebe de cara que existe um forte laço de camaradagem entre os pares.
Isso não é ruim de forma alguma, apenas caracteriza que recomendo, pois te
conheço e gosto de você. Não há o distanciamento necessário para analisar seu
desempenho profissional e realmente endossar as competências que realmente vejo
em você.
E qual o caminho? O caminho correto é sempre o equilíbrio e moderação.
Pensar de forma isenta sobre as competências do seu contato e se realmente
acredito que ele tenha a competência que estou recomendando.
Lembre-se que ao recomendar algo, gero uma expectativa em empregadores e
pares, de que o contato realmente possui essas qualidades que agregarão valor a
sua atuação profissional diária dentro da organização.
Portanto sejam generosos com seus pares, não recomendem apenas para receberem
recomendações, sejam honestos e nobres, pois as recomendações são parâmetros
para avaliadores e também para que os avaliados verifiquem como podem melhorar
suas habilidades e competências. Não recomende nunca a competência que você não
identifica em seu par.
Gestores sejam generosos também, não tenham medo de recomendar seus
liderados e ex-liderados, pois quem não forma novos líderes não cresce! Ninguém
fica feliz ao recomendar o gestor por liderança em equipe e receber a
recomendação por domínio do pacote Office.
Portanto perca o receio de demonstrar que seus liderados tem valor, esse
é o maior legado que você deixará para sua equipe! Paixão por desenvolver e
acreditar nas pessoas!
Nenhum comentário:
Postar um comentário